A gestão de projetos é uma grande aliada da engenharia
Quando pensamos em gestão de projetos logo somos inundados com termos como stakeholders, patrocinadores, escopo, cronograma, brainstorming, recursos, etc…Estão listados no glossário da 6ª Edição do Project Management Body of Knowledge (PMBOK), livro considerado a “bíblia” da gestão de projetos, 470 termos relacionados à gestão de projetos, porém gestão de projetos não é um bicho de sete cabeças. Claro que a implementação de suas práticas onde não há uma cultura de projetos requer muito estudo, esforço e colaboração; mas, uma vez estabelecida, a gestão estratégica de projetos certamente trará resultados positivos para a empresa.
Ano passado, tive a oportunidade de morar e estudar no Canadá. Lá, fiz o curso de Pós-graduação em Gestão de Projetos na Centennial College, em Toronto-ON. Ao voltar para o Brasil, percebi que, apesar da gestão de projetos ser um conjunto de boas práticas, descritas e disponibilizadas pela PMI (Project Management Institute), a maneira que vários projetos são gerenciados aqui no Brasil é diferente. É claro que essas são opiniões e percepções minhas; mas, das experiências que tive em obras como engenheiro, criei a imagem de que a engenharia brasileira tem uma cultura muito imediatista e emergencial. Existe inclusive um ponto em que parece que estamos trabalhando mais na solução do que na prevenção de problemas. É exatamente aquele momento em que tudo é para ontem e parece acontecer ao mesmo tempo. Essas medidas emergenciais geram um custo imprevisto e desnecessário para os projetos.
Durante a estadia no Canadá, e nas conversas que tive com amigos e conhecidos que trabalharam no mercado da construção canadense, percebi que a cultura deles é bem diferente. O planejamento das obras canadenses é feitos com muito zêlo. Talvez isso se dê ao fato de realmente estarem à frente no que se refere à gestão de projetos, ou até mesmo do clima (pela dificuldade de se construir em determinadas estações do ano). O fato é que, no Canadá, o planejamento das obra não é feito em alguns meses, mas sim anos. Para se ter uma ideia da importância do planejamento em um projeto, segundo o PMBOK 6ª Edição, 24 dos 49 processos de gerenciamento de projetos pertencem ao grupo de planejamento. A falta desse planejamento pode aumentar os custos da empresa, e fazê-la ficar estagnada nesse mercado que vem se tornando tão dinâmico e competitivo. Com a competitividade e escassez de obras no mercado brasileiro, a nossa empresa vê a necessidade de mudar essa cultura.
Obras de engenharia tem como definição serem um projeto por sempre serem temporárias (com início e fim determinados) e por terem como resultado um produto único. Com uma gestão de projetos bem estruturada, uma empresa é capaz de otimizar os seus recursos e garantir que eles estejam alinhados com a sua estratégia. Qualquer alteração ou imprevisto que ocorra no decorrer de um projeto pode impactar negativamente o seu escopo, prazo, ou custo. E, por estar inserida no mercado da engenharia, a Almeida França percebe como a falta de planejamento e uma gestão ineficiente de projetos pode atrapalhar o andamento de uma obra.
Apesar do planejamento ser uma fase importantíssima no ciclo de vida de um projeto, todas as outras etapas são cruciais para garantir o sucesso de um projeto. Nós sabemos que a execução, monitoramento e encerramento de uma obra são tão importantes quando o seu planejamento. No caso da Almeida França, temos equipes dedicadas a monitorar e controlar a execução das nossas obras. Nós tentamos prever eventos que poderão ocorrer para desenvolver planos de ação para cada um. Nossas entregas seguem processos e padrões internos para garantirmos a qualidade com o “selo” Almeida França em todos os serviços. Todos esses processos são inspirados nos processos do PMBOK e adequados à nossa realidade e ambição. É importante também ressaltar que nossa equipe de projetos busca o alinhamento de todos os nossos projetos e departamentos com a nossa visão e estratégia.
O slogan da Almeida França simboliza nossos objetivos: de estar em “Constante Movimento, Constante Evolução”. Nossa equipe de projetos tem a ciência de que, para atuar no mercado de missão crítica, é necessária a busca constante pela inovação, renovação e implementação de processos que façam a nossa empresa se tornar mais competitiva e inovadora. Medidas e projetos que se alinhem com o objetivo organizacional da empresa, e que supram a demanda do mercado, se tornam essenciais para a sobrevivência não só da nossa empresa, mas de qualquer empresa nesse mercado tão específico.
Felipe Vilela Pinheiro
Gerência de Desenvolvimento Organizacional da Almeida França Engenharia.
Engenheiro Civil com especialização em Gestão de Projetos pela Centennial College.