AFEL está cada vez mais perto de adquirir certificação internacional de sustentabilidade
A Almeida França Engenharia já iniciou o período de performance para receber a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) na sede da empresa. Nesta etapa, é feita a comparação dos resultados em consumo de água, geração de resíduos, qualidade ambiental interna, modais de transporte alternativo e, sobretudo, consumo de energia de forma periódica, além da soma dos custos com reformas e adequações ao prédio existente. Nos quatro primeiros meses, as avaliações para classificação da AFEL apresentaram resultados parciais bastante positivos. O consumo de água revelou ser 40,3% mais econômico do que a média global e a performance energética é 27,8% melhor em comparação à média global.
Ao todo são 12 meses de medição de performance. A AFEL deverá concluir as reformas e adequações e aplicar documentação para receber o selo em outubro de 2018, dentro do processo LEED EB:O&M (Existing Buildings: Operation & Maintainance) para prédios existentes obterem certificação de operação e manutenção.
Conheça as etapas para obtenção do LEED
Para edificações já existentes como a sede da AFEL, cinco temas são levados em consideração: Terreno Sustentável (SS), Uso Racional da Água (WE), Energia e Atmosfera (EA), Materiais e Recursos (MR), Qualidade Ambiental Interna (IEQ). Cada um deles abriga vários requisitos que, se cumpridos, pontuam para obtenção da certificação. A qualidade do selo – Certificado, Prata, Ouro ou Platina – depende do número de pontos alcançados durante o processo.
Performance Energética
A performance energética é medida através da comparação do histórico das contas de energia da empresa: onde são contemplados o consumo do ar condicionado, a iluminação, as tomadas, por exemplo. O resultado é comparado a parâmetros da certificação. Neste quesito, em uma escala internacional de 33 pontos, a AFEL conseguiu atingir 30 pontos.
Entre as reformas e adequações realizadas para diminuir o consumo de energia estão: a pintura refletiva do telhado que impacta diretamente na diminuição no consumo de energia do ar condicionado, a substituição dos gases com CFC dos ares-condicionados por alternativas não poluentes, o retrofit dos quadros elétricos e a troca de lâmpadas por LED. Medidas como a instalação do sistema de renovação de ar nas salas de trabalho e a proibição do fumo nas áreas adjacentes também foram adotadas visando o conforto dos usuários.
Em 2015 instalamos uma Usina Fotovoltaica responsável por gerar 1451kWh por mês, que corresponde a 50% do consumo energético mensal. Com potência de 11,25 kWp, conta com 45 painéis, 1 inversor, instalações elétricas e de fixação e é conectado à rede. Com o projeto são evitadas as emissões de 9,02 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a plantar 64 árvores no mesmo período.
A engenheira Sinara Campos comenta os benefícios do sistema “Como o consumo aos finais de semana é baixo, o excedente da produção de energia é devolvido à CEB. Traduzindo, em alguns momentos deixamos de puxar toda a nossa demanda de energia da CEB porque parte dela é fornecida pela UFV e em outros momentos nosso consumo é baixo e devolvemos o excedente de produção para a CEB”.
Redução do Consumo de Água Potável
Para a redução do consumo de água potável foram instaladas caixas d’água para reuso da água da chuva na jardinagem. Além disso, foram realizadas trocas de equipamentos como novas torneiras automáticas. Dos 15 pontos necessários para a obtenção do crédito a AFEL alcançou 12, representando uma economia de 40% maior que a média global.
Política de Gestão de Resíduos Sólidos
Nas Políticas relacionadas a Materiais e Recursos são consideradas as compras sustentáveis – de eletrônicos, mobília, papel reciclável, produtos de limpeza -, além do uso de tintas com baixo índice de solventes. Também contribuem para a performance desse tema a forma de descarte de cartuchos e toners, incinerados por empresa parceira, o planejamento de descarte de resíduos, coleta seletiva, a reciclagem e a auditoria de resíduos. Neste eixo foram obtidos 7 dos 8 pontos necessários para a certificação.
A etapa de performance ainda está em curso e se estende até o dia 7 de setembro de 2018. Posteriormente serão realizados questionários com os nossos colaboradores sobre práticas de transporte alternativo e qualidade do ambiente interno.
→Os resultados parciais da certificação já podem ser acompanhados através do link!
História da certificação
O selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema internacional de certificação concedido pela USGBC (United States Green Building Council, para edificações com orientação sustentável. No Brasil, a certificação LEED começou pelas agências bancárias, visando simplesmente a economia nas contas dos prédios. Os gestores foram os pioneiros no investimento arquitetônico e estrutural das instituições a fim de melhorar a performance dos ocupantes e do prédio, ocasionando um menor custo.
De acordo com dados da Green Building Council (GBC), a obtenção da qualificação LEED aumenta entre 0,5% e 15% os custos da construção. Em compensação, pode proporcionar uma diminuição média de 9% no custo de operações durante toda a vida útil do edifício, e aumento da eficiência energética de 20% para novas construções e entre 5% e 10% para edifícios já existentes.
É interessante notar que o nível mais baixo do selo LEED é equivalente ao nível máximo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), em termos de eficiência energética. Às vezes com LEED é possível performar melhor que a certificação brasileira de economia de energia.
Em 2017 o USGBC registrou 1228 pedidos de registros de empreendimentos no Brasil. O Distrito Federal ficou em quinto lugar com 41 pedidos de registro. Destes 41 inscrições, são cinco no processo LEED EB:O&M que já receberam ou estão em processo, entre os quais se destaca o prédio corporativo da Almeida França Engenharia.