BIM integra as etapas das operações da AFEL garantindo o prazo, qualidade e segurança nas obras
Na Almeida França, todas as etapas de trabalho têm enorme importância: a eficiência da produção, a segurança dos funcionários, o cumprimento dos contratos e, principalmente, o resultado das obras. Por este motivo, já utilizamos o que há de mais moderno em tecnologia para gestão de obras: o Bulding Information Modeling (BIM).
Muito mais do que softwares modernos de projeto, o BIM é um ciclo de colaboração de diversos profissionais, que engloba desde o projeto da construção à sua execução, passando pelo planejamento, orçamento, considerando até mesmo a operação, manutenção e renovação da obra. Além da modelagem tridimensional, mais usual e compreensível, o BIM reúne a modelagem de outros conceitos não ligados propriamente ao modelo físico-3D, que são o tempo-4D, os custos-5D, as informações do ciclo de vida da construção-6D, quando se opera e controla os equipamentos e sistemas, os planos de manutenção, a garantia e dados de fabricantes e fornecedores, além dos custos de operação.
A tecnologia otimiza todo o trabalho de uma construtora. As modelagens 3D permitem visualizar de forma precisa e realista os processos da obra, o tempo necessário para cada etapa e a quantidade de material necessário, entre outros. Além disso, a ferramenta armazena informações importantes sobre todo processo construtivo. Cada alteração ou atualização é compatibilizada e compartilhada com todos os envolvidos, permitindo a consulta das características dos materiais utilizados, de fornecedores e de fabricantes, por exemplo. O histórico destas informações permite ganhos de produtividade, redução dos custos e melhor cumprimento de cronogramas, assim como a fiscalização e controle minucioso dos processos.
O BIM na prática
Obras da Almeida França como o Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P) em Brasília, e o Secundário (COPE-S) no Rio de Janeiro, data centers que darão suporte ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas-SGDC da Telebrás, estão sendo geridas e executadas no conceito BIM.
Para o diretor da AFEL, o engenheiro Eduardo de Almeida França, responsável pelas obras dos COPEs, o uso do BIM pode trazer grandes benefícios para a vida útil de edificações. “A complexidade do projeto dos COPEs está em todas as etapas, na arquitetura, segurança, redundância e outros fatores que deverão ser conjugados. O uso do BIM é determinante para a execução com excelência de um projeto tão importante para a soberania nacional, sem excesso de gastos e tempo”, diz. Por fornecer informações precisas sobre quantidade e especificações dos materiais, equipamentos e prazo da construção, promove a transparência de processos licitatórios e compras públicas.
“O BIM não é apenas uma mudança de ferramenta, mas uma evolução na filosofia de trabalho da AFEL, em constante movimento e evolução”
Para tanto, foi preciso investir em organização e treinamento especializado da equipe, uma vez que os profissionais envolvidos devem ter conhecimento em várias frentes de engenharia. “Executar uma obra de missão crítica, com projetos complexos e certificações sofisticadas, utilizando toda tecnologia do conceito BIM, não é apenas viável, mas é uma exigência atual. Conseguimos trazer para a realidade a modelagem 100% em BIM de um projeto desta magnitude. Alcançamos um nível excelente de domínio desta tecnologia e estamos atuando em projetos com estas demandas”, afirma José Luis Wey de Brito, diretor de projetos especiais da AFEL.
Em outubro de 2017 a AFEL participou do 9˚ Datacenter Dynamics Converged (DCD), um dos principais congressos de infraestrutura tecnológica e transformação digital do Brasil. O convite deu à construtora a oportunidade de apresentar a experiência com o BIM em uma importante obra pública como os Centros de Operações Especiais Principal e Secundário.
Confira a palestra na íntegra: