Satélite geoestacionário (SGDC-1) promete melhorias para a comunicação no Brasil

por Almeida França em 03/06/2016

Satélite geoestacionário (SGDC-1) promete melhorias para a comunicação no Brasil

Satélites de comunicação são tecnologias que tornam possíveis as comunicações à distância. O tipo mais desenvolvido desses equipamentos utiliza órbitas cuja rotação acompanha a da Terra, chamadas geoestacionárias. É o caso do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas 1 (SGDC-1), que deve ser lançado no final de 2016.

A montagem do SGDC-1 já foi concluída. O governo inaugurou o centro de controle principal em Brasília e operadores foram treinados na França para manejar o equipamento. Atualmente, o satélite está em processo de aprimoramento de resistência em simuladores das oficinas da empresa francesa Thales Alenia Space.

Mesmo com o aumento dos custos do projeto como consequência da alta do dólar, foi mantida a previsão de lançamento do satélite para este ano. Os investimentos voltados para o centro de controle foram feitos visando o lançamento futuro de outros satélites. Uma estação auxiliar, semelhante à da capital, está no Rio de Janeiro e servirá como um meio de reserva de segurança do controle do SGDC-1.

Atualmente, todos os satélites que servem o Brasil são controlados por organizações estrangeiras. Superando essa dependência por estações fora do país, o novo equipamento será coordenado pela Telebras e pelo Ministério da Defesa. Segundo o governo, a aquisição é indispensável para garantir a soberania brasileira.

Para controlar o equipamento à distância, uma antena de 18 metros de comprimento e 13 de diâmetro foi instalada no centro de operações. Centros de processamento e tráfego de internet estão em período de instalação em outros cinco estados.

O satélite cobrirá todo o Brasil e ficará em órbita a 36 mil quilômetros da Terra, pesando 5,8 toneladas. Capaz de transmitir 54 gigabits por segundo, o artefato viabilizará que uma banda larga de qualidade sirva todos os municípios do país. A comunicação, mesmo nas regiões mais isoladas, será facilitada e possibilitará que a aquisição integre o povo brasileiro e gere maior acesso à informação. “Nós vamos levar cidadania às comunidades mais isoladas”, declarou Francisco Ziober, presidente da Telebras, à Assessoria de Comunicação do Ministério da Defesa.

Em questões que dizem respeito à segurança, a comunicação militar e do governo tomará forma mais confiável, uma vez que não haverá intervenção de outros países em seu funcionamento. Portanto, essa independência extinguirá a possibilidade de descontinuações no funcionamento do satélite em decorrência de conflitos internacionais.

Camila Beatriz Lima

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